sexta-feira, 11 de maio de 2012

O BASQUETEBOL ANGOLANO


O BASQUETEBOL ANGOLANO


O basquetebol é um desporto colectivo inventado em 1891 pelo professor de Educação Física canadense James Naismith, na Associação Cristã de Moços de Springfield (Massachusetts), EUA. É jogado por duas equipeis de 5 jogadores, que têm por objectivo passar a bola por dentro de um cesto colocado nas extremidades da quadra, seja num ginásio ou ao ar livre.

Em Dezembro de 1891, o professor de educação física canadense James Naismith, do Springfield College (então denominada Associação Cristã de Moços[3]), em Massachusetts, Estados Unidos, recebeu uma tarefa de seu diretor: criar um esporte que os alunos pudessem praticar em um local fechado, pois o inverno costumava ser muito rigoroso, o que impedia a prática do Beisebol e do Futebol Americano.

James Naismith logo descartou um jogo que utilizasse os pés ou com muito contacto físico, pois poderiam se tornar muito violentos devido às características de um ginásio, local fechado e com piso de madeira. Logo escreveu as treze regras básicas do jogo e pendurou um cesto de pêssegos a uma altura que julgou adequada: 10 pés, equivalente a 3,05 metros, altura que se mantém até hoje; já a quadra possuía, aproximadamente, metade do tamanho da actual.

A HISTÓRIA DO AFROBASKET

A décima edição, disputada de 22 a 30 de Março de 1980, em Marrocos, marcou a estreia da selecção de Angola, cujo país tinha apenas cinco anos de independência e havia organizado a primeira edição do seu campeonato nacional fora da alçada portuguesa, em 1979. Então treinada por um jovem de 29 anos que atende pelo nome de Mário Palma, a formação angolana chegou a Rabat sem grandes veleidades. Angola ficou na sétima posição, o que para os angolanos era um resultado aceitável, face à sua inexperiência no plano internacional.

Este campeonato marcou a estreia de um segundo país lusófono, no caso Moçambique. Foi um dos mais complicados da história do basquetebol africano em razão das muitas ocorrências negativas, algo que o excessivo número (quatro) de faltas de comparência na fase classificatória. O Senegal acabou surpreendido, ainda na primeira fase, pelo “caloiro” Moçambique e teve uma queda inimaginável, ocupando a quinta posição. Duas vezes vice-campeã africana, a Costa do Marfim acabou finalmente por concretizar o seu sonho do título, no que foi secundado no pódio pelo Egipto (segundo) e pela Somália (terceiro), que ocupou essa posição após muitos arranjos administrativos e à “chuva” de ausências que se seguiu à primeira etapa da prova. Não foi uma boa jornada para o basquetebol africano e de Angola, cuja selecção acabou na nona posição, superando apenas Moçambique por… falta de comparência.

O BASQUETEBOL ANGOLANO

Há quem defenda, entretanto que, apesar de ter sido o oficial do exército português e professor de Educação Física do Liceu Central Salvador Correia a organizar a primeira partida de basquetebol que se tem conhecimento no nosso país, na verdade foi Sebastião Pombal o grande impulsionador da modalidade na capital angolana, o primeiro distrito da então província de Angola a ver a bola lançada ao ar. Ele foi dos primeiros a ter uma bola de basquetebol e a jogar com colegas de liceu, o que aguçou o interesse de Pina Cabral, que praticara a modalidade em Portugal continental. Este, de acordo com os defensores de Sebastião Pombal, tratou apenas de aprofundar o estudo da modalidade e iniciar os seus alunos nos rudimentos do basquetebol. Isso é, porém, contrariada por uma peça inserta no diário «A Província de Angola» de 16 de Maio de 1930 que escrevia o seguinte: «Segundo nos consta, deve realizar-se deste belo desporto entre uma equipa da Associação Académica e outro do Sporting Clube de Luanda para a disputa de um pequeno troféu com o nome de Bronze Pina Cabral, o introdutor do basket em Luanda».

AS DIFICULDADES DE AFIRMAÇÃO

O basquetebol conheceu sérias dificuldades para lançar a bola ao ar no primeiro jogo de exibição, embora a 4 de Maio tivesse sido realizado uma partida, cujos intervenientes a imprensa da época não faz referência muito provavelmente por se tratar, como constatamos numa consulta da imprensa da época, de uma espécie de jogo solteiros contra casados.

As dificuldades para o basquetebol se implantar entre o leque de modalidades que já compunham o mosaico desportivo angolano foram de tal ordem que por ocasião do primeiro desafio de demonstração havia apenas três clubes, designadamente os dois que se bateram a 18 de Maio, bem como o Clube Atlético de Luanda.

Nesse capítulo, «A Província de Angola» dava sérios sinais à navegação: «É necessário a estes empreendimentos a boa vontade de meia dúzia de carollas que, não procurando vencer o adversário após uns escassos treinos, tem como fito vencer a resistência passiva de muitos incrédulos que há em Luanda e dentro de certos clubes. À iniciativa da simpática Associação Académica corresponderam o Atlético e o Sporting e certamente outros clubes enfileirar-sehão ao lado destas três agremiações».

O mesmo periódico, ao comentar uma partida de futebol disputada precisamente na mesma tarde de 18 de Maio enveredava pela inevitável comparação com o basquetebol: «Na tarde desportiva de domingo, se o desafio de basket constituía a surpresa duma modalidade nova, o futebol era a certeza dum jogo brilhante e animado. (…) Tal não sucedeu». Ainda assim, ou seja, mesmo sem a popularidade de outras modalidades, a jornada de 18 de Maio de 1930 elevou-se ao patamar do sucesso e mereceu a atenção da imprensa. Dois dias antes do encontro o jornal especializado «Vida Desportiva» anunciava em destaque numa página de interior – à época futebol, remo e atletismo dominavam o noticiário desportivo da província – que «teremos já um desafio de basquetebol no próximo domingo», enquanto após a contenda «A Província de Angola» de 20 de Maio relatava: «Com uma verdadeira enchente realizou-se no campo do Ferrovia, fazendo parte das festas do Sporting Clube de Luanda, o primeiro desafio de basquetebol realizado em Angola, entre o equipa da Associação Académica e o outro do clube promotor.

O jogo que decorreu animado terminou com a vitória do Sporting por 8-5, embora um resultado mais elevado de parte a parte tivesse defendido melhor a marcha do encontro». Esse passo, porém, não foi suficientemente largo para lançar definitivamente a modalidade em Angola. Aliás, após a partida entre «leoninos» e «estudantes» só se voltaria a jogar basquetebol passados seis meses. A resistência dos clubes em abrir as portas a «bola ao cesto» era assustadoramente grande. Na verdade, ninguém queria ceder à tentação do basquetebol. Tanto foi assim que depois dos três primeiros grémios já citados, passados dois anos só o Sport Lisboa e Luanda (depois designado Sport Luanda e Benfica) aderia ao basquetebol.

Na verdade, só em finais da década de 50 é que o basquetebol afirmou-se no então território ultramarino de Angola, com o início de disputa de campeonatos regulares, tanto ao nível distrital (agora provincial) como provincial (nacional), ganhando uma vitalidade tal que em 1969 o Benfica de Luanda sagrou-se campeão de metropolitano, o mesmo que dizer campeonato de Portugal. Então, ou seja a partir de 1963, o campeonato luso era disputado por duas equipas do continente, bem como os campeões de Moçambique e Angola, numa poule a uma volta em cidades indicadas pela Federação Portuguesa de Basquetebol (FAB).

De 1975, altura em que o país ascendeu à independência nacional até aos dias de hoje muitos títulos foram conquistados pelo basquetebol angolano. Sete «Afrobasket’s» ganhos, duas Taça dos Clubes Campeões ganhas, vários títulos de MVP’s para jogadores nacionais e participação de atletas nacionais na única selecção continental formada até agora, algo que aconteceu em 1985 por ocasião do Jubileu da Associação das Federações Africanas de

Basquetebol Amador (AFABA, hoje FIBA-África) - Seguramente, quando Pina Cabral lançou as primeiras sementes à terra jamais imaginou que 75 anos depois a safra dessa sementeira elevaria Angola à condição de principal referência do basquetebol africano e um freguês dos campeonatos do mundo e Jogos Olímpicos, algo que por ocasião de Atlanta’96 mereceu um rasgado elogio do circunspecto e seríssimo periódico norte-americano «The Wall Street Journal».

 HISTÓRIA DO BASQUETEBOL ANGOLANO

Angola apareceu pela primeira vez no mapa internacional de basquetebol nos Jogos Olímpicos de Barcelona em 1992, onde defrontou a selecção norte-americana que ficou conhecida como Dream Team (Equipa de Sonho).

Considerada como o melhor grupo de talentos de basquetebol de sempre, Michael Jordan, Magic Johnson e companhia não mostraram qualquer compaixão aos estreantes africanos, vencendo-os por 116-48, um resultado que ficou na história do basquetebol olímpico.

Agora, 14 anos mais tarde, os Estados Unidos - ou qualquer outra equipa que está no Mundial de Basquetebol – não estão tão ansiosos por defrontar Angola. Angola é um adversário forte, ficou apurado para as eliminatórias depois de ter conseguido três vitórias surpreendentes na fase preliminar, obrigando as selecções da Espanha e da Alemanha a esforçarem-se nos dois jogos finais.

“Hoje mostrámos ao mundo inteiro que temos muito para oferecer,” afirmou Joaquim Gomes, depois de a selecção alemã precisar de três prolongamentos para vencer a congénere angolana por 108-103. “Esforçamo-nos, mostrámos a nossa garra, só enfraquecemos no final.”

A selecção angolana é formada por jogadores das 10 equipas da liga angolana, à excepção de Gomes que passou quatro anos na Escola Americana e jogou durante o último ano na Eiffel Towers na Holanda.

O que falta aos angolanos em talento foi compensado em esforço e trabalho em equipa, ao jogarem mais de 50 jogos durante a preparação para o campeonato.
“Jogamos como uma família,” afirmou Gomes. “Tentamos juntarmo-nos para formar uma peça. Sempre que ganhamos um jogo, o país fica louco. Sempre que ganhamos, fazemos alguém feliz. Sinto-me como se fizesse alguma coisa boa para o país.”

Ao mesmo tempo que Angola terminava um período de 27 anos de guerra civil, a equipa de basquetebol proporcionava-lhe algumas razões para sorrir.
Os Palancas Negras ganharam oito Campeonatos Africanos desde 1989, incluindo os últimos quatro e têm jogado em todos os Jogos Olímpicos desde os de Barcelona em 1992.

CAMPEONATOS

1962
No Egito


1964
No Marrocos


1965
Na Tunísia


1968
No Marrocos


1970
No Egito


1972
No Senegal


1974
Na República Centro Africana


1975
No Egito


1978
No Senegal


1980
No Marrocos


1981
Na Somália


1983
No Egito


1985
Na Costa do Marfim


1987
Na Tunísia


1989
Em Angola


1992
No Egito


1993
No Quênia


1995
Na Argélia


1997
No Senegal


1999
Em Angola


2001
No Marrocos


2003
No Egito


2005
Na Argélia


2007
Em Angola


2009
Na Líbia





RESUMO

“Devido à guerra, o meu país ficou bloqueado e a única coisa que tínhamos para mostrar sobre Angola era o desporto,” disse à Reuters Gustavo Dias Vaz da Conceição, presidente da Federação Angolana de Basquetebol e membro do Comité Olímpico Internacional.

“O futebol é mais importante que o basquetebol, mas o basquetebol apresenta melhores resultados. Angola esteve este ano presente pela primeira vez num Campeonato do Mundo (na Alemanha) e nós participamos pela quinta vez em campeonatos mundiais. O futebol angolano participou três vezes em campeonatos africanos, nós somos campeões africanos oito vezes.”

BIBLIOGRAFIA

o   www.wikipwdia.org
o   Guardian (Steve Keating), Reuters - Edição e Tradução AD   
o   www.fabiobook1.blogspot.com

Um comentário:

  1. e ai Fábio?!

    esta matéria me ajudou imenso, não deixe de publicar cenas tipo esta, yá?

    abraço,

    Sole...

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