quinta-feira, 19 de julho de 2012

A ECONOMIA ANGOLANA


A ECONOMIA ANGOLANA

A despeito de existirem determinados factores abonatórios duma retoma do crescimento económico para, os próximos anos, persistem, no entanto certos factores de risco político e económico que importa levar em devida consideração.

Apreciação dos factores de risco de Angola


Risco Politico Curto praz
Risco politica
de longo prazo
Risco Económico
de curto
Risco Económico de  Longo prazo
ANGOLA
Índice
69,0
Ranking
11
Índice
38,6
Ranking
33
Índice
58,5
Ranking
11
Índice
50,2
Ranking
12

De acordo com os autores do relatório, o maior risco politico de longo prazo está associado á fraqueza da democracia interna e aos receios quanto a estabilidade politica trazidos pela sucessão presidencial.

Entre 37 países africanos, o risco politico de longo prazo de Angola é dos maiores, só superado pelo da RDC e do Zimbabué.

Pelo contrário, o posicionamento do pais quanto aos riscos económicos é bom, situando-se no primeiro terço da tabela do business monitor internacional. Os aspectos tidos em consideração para estas classificações prendem-se com a excessiva concentração nas actividades petrolíferas e com a lentidão do processo de diversificação da economia.

Para efeito das projecções sobre o provável comportamento da economia angolana no triénio 2010-2012 foram considerados os seguintes factores de crescimento.

o   Aumento das exportações e do preço do petróleo.

o   Expansão dos projectos agrícolas e das obras de irrigação (Estão previstos investimento de 1, 2 mil milhões de dólares para o desenvolvimento da agricultura entre 2009 e 2010). Estes investimentos serão cobertas com empréstimos chineses e o principal objectivo é o aumento a oferta de bens agrícolas para o mercado interno, melhorar a segurança alimentar e reduzir as importações.
BY FÁBIO LEITÃO 

terça-feira, 17 de julho de 2012

Sociedade e Cultura


SOCIEDADE E CULTURA  

A cultura é uma das principais características humanas, pois somente o homem tem a capacidade de desenvolver culturas, distinguindo-se, dessa forma, de outros seres como os vegetais e animais. Lembrando que a cultura é um elemento social, impossível de se desenvolver individualmente.

Os componentes são: artes, ciências, costumes, sistemas, leis, religião, crenças, exportes, mitos, valores morais e éticos, comportamento, preferências, invenções e todas as maneiras de ser (sentir, pensar e agir).

CONCEITO DA CULTURA

A cultura ao ser definida se refere à literatura, cinema, arte, entre outras, porém seu sentido é bem mais abrangente, pois cultura pode ser considerada como tudo que o homem, através da sua racionalidade, mais precisamente da inteligência, consegue executar. Dessa forma, todos os povos e sociedades possuem sua cultura por mais tradicional e arcaica que seja, pois todos os conhecimentos adquiridos são passados das gerações passadas para as futuras.

COMPONENTES DA CULTURA

Componentes da cultura são: artes, ciências, costumes, sistemas, leis, religião, crenças, exportes, mitos, valores morais e éticos, comportamento, preferências, invenções e todas as maneiras de ser (sentir, pensar e agir).

PADRÕES DA CULTURA

Padrões culturais são, segundo Herskovits (1963:231), “os contornos adquiridos pelos elementos de uma cultura, as coincidências dos padrões individuais de conduta, manifestos pelos membros de uma sociedade, que dão ao modo de vida essa coerência, continuidade e forma diferenciada”.

O padrão de comportamento consiste em uma norma comportamental, estabelecida pelos membros de determinada cultura. Essa norma é relativamente homogénea, aceita pela sociedade, e reflecte as maneiras de pensar, de agir e de sentir do grupo, assim como os objectos materiais correlatos.

Herskovits aponta dois significados nos padrões, que embora pareçam contraditórios, na verdade, são complementares:

a. Forma - quando diz respeito às características dos elementos.
Exemplo - Casas cobertas de telha e não de madeira.
b. Psicológico - quando se refere à conduta das pessoas.
Exemplo - Comer com talher e não com pauzinhos.

Os indivíduos, através do processo de endoculturação, assimilam os diferentes elementos da cultura e passam a agir de acordo com os padrões estabelecidos pelo grupo ou sociedade.

VALORES CULTURAIS

O termo cultura tem dois significados: o significado mais antigo é a formação do homem, é a busca de conhecimento. Ainda hoje algumas pessoas simples pensam assim: uma pessoa tem mais ou menos cultura que outra quando, quando tem um grau de estudo ou conhecimento mais elevado. E de forma mais popular, cultura é tudo aquilo que o homem cria em conjunto, ou seja, em grupo.

Valores culturais são aqueles formados e trazidos por uma determinada sociedade, clã ou grupo ao longo desde os seus primórdios, como se fosse uma tradição.
O HOMEM PRODUTO E PRODUTOR DA CULTURA

Sabemos que a cultura, é aquilo que é criado pelo Homem. A palavra cultura pode, também, exprimir a totalidade, ou uma parte do pensamento e das acções que distinguem uma sociedade de outra.

Assim, podemos dizer que o factor cultural na vida dos povos, é o que de mais essencial faz perpetuar a sua maneira de ser e de estar no mundo. Deste modo, podemos afirmar que há uma pluralidade de culturas que convivem em diferentes tempos e lugares.

A cultura em se, é aquilo que faz com que o Homem seja aquilo que é, numa sociedade específica e num tempo próprio. Falar de cultura é essencialmente falar do Homem, das suas faculdades, do seu desenvolvimento, da sua maneira de ver e entender o cosmos, de compreender o sobrenatural.

A cultura é o desejo permanente e incessante do Homem se conhecer, crescer no mundo e escrever a história.  

SUB CULTURA

As subculturas correspondem a subdivisões da cultura dominante que a ela se opõem. Coexistem na mesma sociedade ainda que em oposição. Na sociedade moderna existem diversas subculturas.

O termo subcultura tem sido utilizado em sociologia sobretudo no estudo da juventude e do desvio. O ramo da criminologia estudou a delinquência e os gangs juvenis à luz de teorias baseadas no conceito de subcultura.

O conceito de subcultura comporta dois problemas de difícil resolução analítica. Por um lado, é um conceito de difícil definição pois as suas características determinantes nunca foram encontradas com clareza. Daqui deriva que seja por vezes complicado distinguir uma subcultura de uma manifestação que se afaste dos parâmetros da classe dominante. Ou seja, ao falar em subcultura corre-se o risco de se estar a adoptar um ponto de vista minado por preconceitos de classe. Por outro lado, o conceito de subcultura supõe que seja possível identificar com clareza a cultura dominante. Ora, a fragmentação das sociedades actuais torna difícil essa identificação.


CONTRA CULTURA

Surgida nos Estados Unidos na década de 1960, a contracultura pode ser entendida como um movimento de contestação de caráter social e cultural. Nasceu e ganhou força, principalmente entre os jovens desta década, seguindo pelas décadas posteriores até os dias atuais. 

Contracultura é um movimento que tem seu auge na década de 1960, quando teve lugar um estilo de mobilização e contestação social e utilizando novos meios de comunicação em massa. Jovens inovando estilos, voltando-se mais para o anti-social aos olhos das famílias mais conservadoras, com um espírito mais libertário, resumido como uma cultura underground,

Actualmente a contracultura ainda vive, porém esta preservada em pequenos grupos sociais e artísticos que contestam alguns parâmetros estabelecidos pelo mercado cultural, governos e movimentos tradicionalistas.


RELATIVISMO CULTURAL E ETNOCENTRISMO CULTURA

Interculturalismo - A integração de estudantes africanos nas escolas portuguesas prende-se directamente com o conceito de interculturalismo. O interculturalismo implica a integração de indivíduos e grupos étnicos minoritários numa sociedade com uma cultura diferente. Assim, estas minorias étnicas poderiam expressar e manter elementos distintivos da sua cultura ancestral, especialmente em relação à língua e à religião.

Podemos dizer que o interculturalismo defende a ausência de desvantagens sociais e económicas ligadas a aspectos étnicos ou religiosos; a oportunidade de participar nos processos políticos, sem obstáculos do racismo e da discriminação e o envolvimento de grupos minoritários na formulação e expressão da identidade nacional.

O modelo intercultural afirma-se no cruzamento e miscigenação cultural, sem imposições.

O interculturalismo consiste em pensar que nós nos enriquecemos através do conhecimento de outras culturas e dos contactos que temos com elas e que desenvolvemos a nossa personalidade ao encontrá-las. As pessoas diferentes deveriam poder viver juntas apesar de terem culturas diferentes. O interculturalismo é a aceitação e o respeito pelas diferenças. Crer no interculturalismo é crer que se pode aprender e enriquecer através do encontro com outras culturas.

A ONU é uma organização que integra pessoas de culturas diferentes, que lutam por um bem comum, ajudando a integrar outras culturas noutras comunidades.

Etnocentrismo - é a atitude pela qual um indivíduo ou um grupo social, que se considera o sistema de referência, julga outros indivíduos ou grupos à luz dos seus próprios valores. Pressupõe que o indivíduo, ou grupo de referência, se considere superior àqueles que ele julga, e também que o indivíduo, ou grupo etnocêntrico, tenha um conhecimento muito limitado dos outros, mesmo que viva na sua proximidade.

O termo etnocentrismo foi utilizado pela primeira vez por W. G. Sumner (1906), e corresponde à atitude pela qual os hábitos ou comportamentos próprios são acriticamente encarados como sendo indiscutivelmente superiores aos hábitos ou comportamentos de outrém. É a atitude pela qual um indivíduo ou um grupo toma como referência os valores partilhados no seu próprio grupo, quando avalia os mais variados assuntos. É uma atitude que encara o próprio grupo como se fosse o centro da realidade.

Relativismo cultural - Princípio que afirma que todos os sistemas culturais são intrinsecamente iguais em valor, e que os aspectos característicos de cada um têm de ser avaliados e explicados dentro do contexto do sistema em que aparecem.

A comunidade Hippie é um exemplo de relativismo cultural, são respeitados pela sociedade e respeitam-na, mas não vivem segundo os seus costumes e ideais, e vivem  sem seguir as tendências da sociedade.

ASSIMILAÇÃO E ACULTURAÇÃO

Aculturação - Termo que designa o processo de contacto entre culturas diferentes e as suas consequências. Refere-se tanto à interacção directa entre culturas como à exposição de uma cultura a outra através dos mas média ou de outras formas de comunicação.

Assimilação - Processo social que dá solução definitiva e tranquila a um conflito social. É pela assimilação que se suspendem os conflitos. Trata-se de um processo de ajustamento pelo qual indivíduos ou grupos diferentes tornam-se mais semelhantes

Portanto: Aculturação: mistura de culturas por meio do contacto entre os povos.
Assimilação: quando a gente deixa de ter os nossos costumes para pertencer à cultura do outro.

IDEOLOGIA E CULTURA


Ideologia é um termo que possui diferentes significados e duas concepções: a neutra e a crítica. No senso comum o termo ideologia é sinónimo ao termo ideário, contendo o sentido neutro de conjunto de ideias, de pensamentos, de doutrinas ou de visões de mundo de um indivíduo ou de um grupo, orientado para suas acções sociais e, principalmente, políticas

Como podemos perceber, as construções ideológicas fazem-se presentes no seio de nossa sociedade, passando-nos praticamente despercebidos, afinal este é o seu principal objectivo, conduzido de tal maneira que "de modo geral pode-se afirmar que os padrões de comportamento detectados nas análises culturais das sociedades não são concebidos estrita e necessariamente como possíveis instrumento de dominação de classes ou grupos de indivíduos por outras classes ou grupos" (, p. 184). Destrate, há o relacionamento directo do campo da cultura com ideologia, do campo das ideias e das representações que os homens constroem sobre a sociedade (o chamado universo simbólico) e o campo da produção e reprodução material dessa sociedade.

  RESUMO

 

Conclui que o conceito de cultura,  tal como o de sociedade,  é uma das noções mais amplamente usadas em Sociologia. A cultura consiste nos valores de um dado grupo de pessoas, nas normas que seguem e nos bens materiais que criam. Os valores são ideias abstractas, enquanto as normas são princípios definidos ou regras que se espera que o povo cumpra. As normas representam o «permitido» e o «interdito» da vida social. Assim, a monogamia – ser fiel a um único parceiro matrimonial – é um valor proeminente na maioria das sociedades ocidentais. Em muitas outras culturas, uma pessoa é autorizada a ter várias esposas ou esposos simultaneamente. As normas de comportamento no casamento incluem, por exemplo, como se espera que os esposos se comportem com os seus parentes por afinidade. Em algumas sociedades, o marido ou a mulher devem estabelecer uma relação próxima com os seus parentes por afinidade; noutras, espera-se que se mantenham nítidas distâncias entre eles. BY FABIO LEITAO 

 

  

BIBLIOGRAFIA


Ø Cancian, Renato. Ideologia — Termo tem Vários Significados em Ciências Sociais (em português). Uol Educação. Página visitada em 9 de janeiro de 2012.
Ø Karl Marx (em inglês). Fideus. Página visitada em 10 de janeiro de 2012.
Ø Eagleton, Terry. Ideologia - uma introdução (em português). São Paulo: Ed. da Unesp, 1997. 204 p. ISBN 9788571391482. Página visitada em 11 de janeiro de 2012.
Ø Marx, Karl; Engels, Friedrich. A Ideologia Alemã (em português). 3 ed. São Paulo: Wmf Martins Fontes, 1974. 174 p. ISBN 9788533623453. Página visitada em 11 de janeiro de 2012.
Ø Thompson, John B. Ideologia e cultura moderna: teoria social crítica na era dos meios de comunicação de massa (em português). 6 ed. Petrópolis: Vozes, 2000. 430 p. ISBN 9788532614841. Página visitada em 11 de janeiro de 2012.
Ø FIORIN, José Augusto (org.). A organização das sociedades humanas na história da humanidade. Ijuí: Sapiens Editora, 2007.145 p.
BY FABIO LEITAO